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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

Uma festa ambulante

Histórias - 18 de julho de 2016

O dia em que bebemos champanhe na rua em Montmartre

Na abertura de Paris é uma festa, obra-prima do escritor norte-americano Ernest Hemingway, está escrito assim: “Se você quando jovem teve a sorte de viver em Paris, então a lembrança o acompanhará pelo resto da vida, onde quer que você esteja, porque Paris é uma festa ambulante.”

A afirmação é certeira. A cidade instaura em nós uma festa da qual – ainda bem – nunca mais nos livraremos. Pensando nisso, conto hoje sobre uma pequena “festa” que se deu comigo no inverno de 2013, em Montmartre.

Montmartre - crônica champanhe 2Numa das barracas do Mercado de Natal montado na Rue Azais, ao lado da Sacré-Coeur, a taça de champanhe custava 4 euros. Pedimos duas. Eram de plástico e nos foram entregues cheias quase até a borda. Fazia um frio danado e muita gente bebia vin chaud, o vinho quente, hábito francês comum nas estações de esqui.

Nós não. Saímos entornando aos poucos o nosso precioso líquido, gelado e borbulhante. Descemos até a Rue du Cardinal Dubois e sentamos no primeiro degrau de uma escada estreita, paralela à grande escadaria que dá acesso à basílica famosa.

De repente, percebemos que de dentro de um ônibus parado no ponto um casal ria e gesticulava, tentando se comunicar com alguém na rua. Não haveria de ser conosco. Olhamos em volta na tentativa de saber o que estava acontecendo. Até que o motorista começou a sinalizar, apontando para as nossas taças.

A ficha caiu e os três acenaram efusivamente para nós. Outras pessoas observavam a cena e também sorriram, como que aprovando a nossa “atitude”. Com a Sacré-Coeur ao fundo, por alguns minutos fomos a atração daquela tarde fria em Paris.

Imagino que tamanha “comoção” talvez tenha ocorrido pelo fato de Letícia e eu, um casal qualquer, estarmos ali celebrando o amor e o encontro sem exibicionismos. Sentados no chão e não num café, por exemplo, quem sabe não tenhamos subvertido o clichê do cartão postal e encarnado – para aquele outro casal comum – a utopia romântica de Paris?

Um ano depois, voltamos ao mesmíssimo lugar na esperança de refazer o programa. Mas o mercado de rua tinha dado lugar a tapumes de obra. Dentro da gente, ficou a lembrança daquele momento único. Mais um presente de Paris, a cidade onde a vida sempre pode ser uma festa ambulante.


*Texto publicado originalmente no Conexão Paris.

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Tags | champanhe, crônica, frança, montmartre, paris
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