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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

Tradição e modernidade do Vinho do Porto

Histórias - 15 de abril de 2016

‘Wine Training 2016’ traz o novo rosé e clássicos que seguem encantando o mundo

Depois dos vinhos do Douro, região que vem sendo redescoberta pelos principais mercados mundiais, o Vinho do Porto foi o tema da segunda parte do “Porto e Douro Wine Training 2016”. O curso, realizado no começo de abril na Associação Brasileira de Sommeliers do Rio de Janeiro (ABS-RJ), foi promovido pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP).

Os produtores desse que para muitos é o melhor estilo de vinho que existe têm conseguido manter a tradição, mas sem perder a chance de se renovar para atender a um mercado em constante mudança. Foi isso que levou à criação do Porto Rosé, uma novidade que agora completa dez anos de vida e que ainda é fabricado por poucos.

– Assim como alguns portos brancos, o rosé está sendo muito usado para fazer coquetéis no mundo inteiro – contou o crítico de vinhos Alexandre Lalas durante o curso na ABS.

Produzido apenas na região do Douro, em Portugal, o Vinho do Porto é o mais conhecido dos “vinhos fortificados”. Esse tipo de vinho tem maior teor de álcool que qualquer vinho “normal”, resultado da adição de aguardente vínica à bebida, o que interrompe o seu processo de fermentação. A doçura equilibrada ao teor alcoólico (quase sempre em torno de 20º) é resultado da sobra residual de açúcar que permanece no vinho quando a fermentação é interrompida.

Porto e de Vila Nova de Gaia (em primeiro plano), onde ficam os fabricantes de Vinho do Porto, com a ponte que liga as duas cidades ao fundo

Porto e de Vila Nova de Gaia, onde ficam os fabricantes de Vinho do Porto (foto: reprodução da internet)

Categorias dos vinhos do Porto – Há toda uma legislação e uma regulamentação para esses vinhos. Para se ter uma idéia, é a Câmara de Provas do IVDP que determina cada tipo de Vinho do Porto.

A câmara é formada por sete provadores exclusivos. Cada um faz até 20 provas por dia e sempre pela manhã, que é quando os sentidos humanos estão mais aguçados. Nesse ponto é que são definidos os diferentes estilos da bebida. Isso porque, conforme o tempo e o tipo de envelhecimento, o Vinho do Porto apresenta determinadas características, recebendo uma classificação própria. Confira abaixo os principais tipos desse vinho.

Branco: passa por barricas de carvalho por dois ou três anos e não evolui depois de engarrafado. É um vinho frutado e pode ser encontrado doce ou seco;

Rosé: surgiu muito recentemente na região. É leve e deve ser tomado em temperaturas bem mais baixas que os demais (em torno de 4 graus), inclusive com gelo;

Porto - cartaz ilustraTawny (dividem-se em reserva e 10, 20, 30 ou 40 anos): depois de dois a três anos evoluindo na madeira, segue para outras barricas de carvalho, o que aumenta o contato do vinho com a madeira e com o oxigênio. Esse processo acelera a oxidação da bebida, deixando sua cor um pouco mais alaranjada. Os sabores lembram amêndoas, nozes e outras frutas secas;

Tawny Colheita: é um vinho de uma só colheita, de um ano específico, cuja safra é considerada de grande qualidade. Obrigatoriamente, fica no mínimo sete anos na madeira. Apresenta uma cor ainda mais clara que o anterior;

Ruby Reserva: o nome faz referência à cor do vinho, que fica de dois a três anos em barricas de carvalho. É encorpado e frutado, com sabor puxado para ameixas e frutas silvestres;

LBV (Late Bottled Vintage): tem origem em colheitas de qualidade excepcional. Passa por madeira durante um período de quatro a seis anos, o que dá ao vinho mais evolução e coloração intensa;

Vintage: grande preciosidade dos vinhos do Porto, é obtido de uma única colheita e com qualidade sem igual. Ele faz todo o percurso de vida dentro da garrafa, só estando pronto para o consumo a partir de 15, 20 anos depois de engarrafado;

Single Quinta Vintage: são vinhos de altíssima qualidade, distinguindo-se pelo fato de serem simultaneamente de um só ano e originários de uma única vinha, o que lhes confere um caráter ímpar.

Porto - roséDegustação – Durante o curso na ABS, provamos cinco vinhos do Porto. Cada um no seu estilo, mas todos muito bons. A seguir, a opinião nada teórica do Botequim do Vinho.

Porto Croft Pink: um porto rosé. Deve ser servido gelado (em torno de 4º) e até com gelo. Uma surpresa bastante agradável, novidade absoluta para este Botequim. Ideal como aperitivo por ser leve e refrescante.

É muito frutado e tem no aroma e no gosto um toque de cereja. Já está sendo muito utilizado na coquetelaria internacional. Tem 19,5% de graduação alcoólica. Preço médio: R$ 98.

Porto - branco DalvaPorto Dalva Dry White: branco e seco (mas ainda assim doce como um bom Porto). Também pode ser usado para fazer coquetéis refrescantes, à base de hortelã e frutas como laranja, limão e até misturado com água tônica.

O vinho em si é leve para um Porto (19% de álcool) e tem muita fruta, o que o torna bastante agradável de beber. Preço médio: R$ 60 (importadora Wine Mundi).

Porto - Royal LBVPorto Royal LBV 2010: um grande vinho, com fruta na essência. É um exemplo do que alguns especialistas chamam de “LBV com cara de Vintage”, ou seja, de ótima qualidade, acima até do que se espera de um LBV “normal”, e por isso tem ótima relação custo-benefício.

É bem encorpado e muito saboroso. Produzido pela tradicional Real Companhia Velha, foi engarrafado entre o 4º e o 6º ano depois da colheita e tem 20% de graduação alcoólica. “A melhor harmonização para esse é a taça seguinte”, brincou Carlos Soares, diretor do IVDP que estava no curso. Preço médio: R$ 180.

Porto - Graham's 2Porto Graham’s Tawny 10 anos: um pouco mais alaranjado que o anterior devido à ligeira oxidação que vai sofrendo no processo de envelhecimento, o que o torna um vinho bastante encorpado.

Tem ótima acidez, característica fundamental para equilibrar a doçura desse vinho. Tanto é assim que ele é mais doce do que o anterior e, ainda assim, mais “agradável” de se beber. Graduação alcoólica de 20% e preço médio de R$ 115 (importadora Mistral).

Porto - Ramos PintoPorto Ramos Pinto Quinta do Bom Retiro Tawny 20 anos: ainda mais “alourado” que o Graham’s. Do tradicional produtor Adriano Ramos Pinto, trata-se de um vinho excelente, muito macio e redondo.

É bem doce (122,3 gramas por litro), mas com um equilíbrio fantástico entre álcool (graduação de 20%), açúcar e acidez que o deixa perfeito. Na nossa opinião, embora isso seja sempre relativo, o melhor dos cinco degustados. Preço médio: R$ 366.

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Tags | abs-rj, graham's, ivdp, porto croft, porto dalva, porto e douro wine training 2016, porto lbv, porto ruby, porto tawny, porto vintage, ramos pinto, vinho do porto
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2 Comentários

  • Cantinho da Viagem 6 de março de 2018 at 10:05 pm

    Adoro vinho do porto, em julho pretendo visitar a cidade do Porto para conhecer mais sobre a fabricação deste. Muito bom seu artigo, obrigada por compartilhar os sabores e peculiaridades desta bebida.

    Responder
    • Letícia Sicsú 7 de março de 2018 at 4:44 pm

      Que bom que gostou do artigo! Nós também estamos pretendendo ir ao Porto em breve. Lugar lindo, comida e bebida boa! 😉

      Responder

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