Nós não costumamos falar sobre restaurantes aqui no blog, mas a experiência no Le Bife – restaurante do famoso chef francês Érick Jacquin, em São Paulo – foi tão surpreendente que resolvemos contar. A começar pelo ambiente, sem frescura, onde ficamos à vontade. É o tipo de lugar “chique” de verdade: quando requinte e elegância se mostram na simplicidade.
Passamos um fim de semana em São Paulo e estávamos hospedados no Itaim Bibi. Quando descobrimos que o restaurante do Jacquim estava a poucos metros do hotel, ficamos curiosos para conhecer, mas com medo dos preços serem muito altos.
Depois de entrar no site e constatar que vários pratos tinham preços acessíveis, nós nos mandamos para lá – sem reserva mesmo. E valeu muito a pena.
Para quem escolhe um corte de carne (filé mignon, entrecôte, porco, frango), há um esquema de rodízio de acompanhamentos que já faz parte do preço. Os pratos de carne variam de 54 a 94 reais e os acompanhamentos incluem farofa, bata frita, batata gratinada, creme de espinafre, cebolas e abóboras na brasa. Também há opções de entradas, massas, saladas, steak tartar e hambúrguer (esses pratos são mais em conta).
Vinhos por faixa de preço – Chegamos com medo dos valores cobrados pelos vinhos. No entanto, pensávamos que, como bom francês, o Jacquin sabe que vinho é algo para o dia a dia e que não precisa ser sempre caro ou vir rodeado de cerimônias. Haveria vinhos de bom custo-benefício.
Dito e feito. Mas foi melhor do que podíamos supor: na Carta, os vinhos – brasileiros, argentinos, chilenos, italianos e franceses – estão divididos por faixa de preços. E há alguns deles a partir dos 73 reais (preço justo para um restaurante). Claro que também há alguns vinhos caros, de mais de 500 reais.
Adoramos a novidade. Primeiro consideramos pedir um dos vinhos classificados como “da casa”, um francês da região do Rhône. Ao perguntarmos para o atencioso garçom como era o vinho, ele nos disse que era mais para leve. Como tínhamos escolhido um prato de carne vermelha, ficamos na dúvida se não seria melhor um vinho mais forte, mais encorpado.
Prontamente, ele nos ofereceu para provar o vinho francês, já que havia uma garrafa aberta, pois ele estava sendo servido em taças nessa noite. Nós provamos e vimos que a nossa comida pedia algo mais estruturado.
Assim, a partir de uma indicação do garçom, escolhemos um vinho argentino, feito com a uva malbec, o Chakana (2016) – 90 reais a garrafa. Mesmo sendo de safra recente, não nos arrependemos. O vinho estava muito bom e combinou bem com a carne que pedimos. Assim como combinou com o jantar e o ambiente acolhedor e descontraído do surpreendente Le Bife, onde esperamos estar de novo em breve para continuar provando seus pratos e seus vinhos!
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