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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

A ‘Fronteira Leste’ dos vinhos do Uruguai

Histórias - 1 de setembro de 2017

País foi destaque de festival no Rio e mostrou grandes vinhos produzidos na região de Punta

O solo pedregoso, as encostas íngremes, a maior proximidade com o mar e o talento de jovens enólogos estão transformando a região próxima a Punta del Este no novo Eldorado dos vinhos no Uruguai. E, se fosse possível resumir essa “nova fronteira”, poderíamos dizer que duas vinícolas representam bem esses vinhos frescos, macios, refrescantes e muito minerais nascidos por lá: Viña Edén e Alto de La Ballena.

Não por acaso, seus espumantes, brancos, rosés e tintos estiveram entre os principais destaques do Tannat Tour, ótima feira que reuniu nada menos do que 29 produtores do Uruguai no Rio Wine and Food Festival (RWFF) 2017. A busca pela elaboração de vinhos únicos nessa terra com características minerais e sob forte influência oceânica levou para o Leste até uma das mais conhecidas e premiadas bodegas uruguaias, a Bouza. A empresa, localizada nos arredores de Montevidéu, comprou 5 hectares exatamente na área da Sierra de la Ballena.

Perto do mar – Essa é a mesma região das vinícolas Alto de la Ballena e Viña Edén (que estão a 10 km uma da outra e a cerca de 35 km de Punta), e também da prestigiada Bodega Garzón, distante cerca de 90 km de ambas e de 75 km do famoso balneário. A distância entre elas e o Atlântico varia de 18 a 25 km.

– Além da proximidade do mar com seus ventos frios que colaboram no frescor e na acidez dos nossos vinhos, o solo da região é fantástico, com muitos minerais. As pedras finas garantem excelente drenagem e as raízes das parras absorvem, o que proporciona ao vinho mineralidade, complexidade e elegância – diz Juan Pablo Fitipaldo, sócio-fundador (junto com o carioca Maurício Szlatkin) da Edén.

A novíssima vinícola, aberta em dezembro do ano passado (a primeira safra é de 2013), tem 8 hectares de vinhedos e produz apenas 60 mil garradas por ano. São só quatro – maravilhosos – rótulos e provamos todos: um espumante Brut Nature (85% chardonnay e 15% pinot noir), um Chardonnay (que não passa por madeira), um Tannat Reserva (potente e fresco, sem aquela secura demasiada de muitos tannats) e um assemblage (combinação de uvas) chamado Cerro Negro, elaborado com tannat (50%), merlot (40%) e marselan (10%). Aprovadíssimos!

Além da tannat – Os “vinhos do Leste” têm outra característica interessante e que há 10 anos talvez fosse impensável no país: eles vão além da tannat, a cepa francesa que virou ícone do Uruguai. Outras uvas, especialmente a merlot – em combinação com a tannat ou não –, têm resultado em tintos e rosés deliciosos e vêm ajudando a ampliar o conceito e as nuances do “vinho uruguaio”.

Que o diga a Alto de la Ballena. Ela é outra bodega-boutique de apenas 8 hectares e produção de 60 mil garrafas/ano, e que em 2017 completa 10 anos de mercado com vinhos que têm encantado especialistas e enófilos.

Além de um ótimo 100% Merlot 2012, a vinícola trouxe para o festival três outros vinhos muito, muito bons: um rosé (safra 2015) de cor intensa e com muita fruta e acidez, feito com merlot (75%) e cabernet franc (com o detalhe que as uvas são colhidas e fermentadas juntas!); o Alto de La Ballena 2013, que combina tannat (50%), de novo a merlot (35%) e cabernet franc (15%); e ainda o carro-chefe das vendas da vinícola, o redondo e potente Reserva (2013), mescla de tannat (85%) e viognier.

Fora do Leste – A maciça presença do Uruguai, em nossa opinião, foi mesmo a grande marca de qualidade e o principal diferencial do RWFF deste ano. Produtores uruguaios de todos os tipos e tamanhos fizeram o deleite dos que gostam de vinhos.

Entre pequenos (e desconhecidos por aqui), médios e grandes, só para citar alguns (clica nas que estão marcadas a seguir, nós estivemos lá e já contamos aqui no Botequim), marcaram presença vinícolas como Bouza, Carrau, Juanicó/Família Deicas, H. Stagnari, Marichal, Castillo Viejo, Viñedo de los Vientos, Varela Zarranz e Família Dardanelli (essa ainda sem importador no Brasil). As duas últimas, por exemplo, surpreenderam com vinhos que nos pareceram excepcionais. E também chamaram a atenção pela presença de integrantes das próprias famílias produtoras.

Tanto Mariana Varela quanto Eliana Comesaña (foto acima), ambas da quarta geração das respectivas famílias, estiveram pessoalmente “vendendo” suas marcas e explicando sobre a filosofia de fazer vinhos de cada empresa. Aqui, destaque para dois vinhos ícones dessas vinícolas: Constante 2012, um incrível tannat da Dardanelli, e Tannat Reserva, o top da Varela Zarranz dentre os que chegam ao Brasil. Grandes vinhos!

O Rio Wine and Food Festival – A quinta edição do festival acertou em cheio ao diversificar os eventos, tanto tematicamente como em relação aos diferentes locais em que foram realizados. Houve atividades como provas de vinhos, feiras, palestras, degustações às cegas, vendas de vinhos com preços um pouco menores.

Neste ano, o RWFF se espalhou em lugares diferentes como CADEG (o popular Centro de Abastecimento do Rio), Morro da Urca (foto acima), Clube Naval Piraquê, Copacabana Palace, Hotel Gran Meliá Nacional e Auditório da FGV (abaixo), entre outros. Além disso, mais de 60 restaurantes participaram do Rio Rolha Zero, permitindo aos consumidores levar e consumir nesses estabelecimentos, gratuitamente, o seu próprio vinhos.

Tudo isso ajuda a democratizar e a descomplicar o mundo do vinho. Mesmo assim, nós acreditamos que, para o ano que vem, a organização deveria pensar em baixar preços e ampliar ainda mais o número de locais populares, fazendo uma grande divulgação nesse sentido, uma espécie de “chamamento” maior aos não-enófilos de todos os bolsos e perfis.

Brasileiro ‘Cave Geisse’ vence a prova às cegas de espumantes ‘Brasil x Mundo’ (da esq. para a dir., a colocação final)

*****

O RWFF em números:

– 200 atrações

– 70 mil pessoas (público participante direto das atrações)

– 36 mil garrafas de vinhos consumidas e/ou compradas nos eventos

– 125 expositores

– 12 países participantes

– 29 vinícolas do Uruguai (recorde em eventos do país no Brasil)

– 33 palestrantes nacionais e internacionais

– 8 mil taças-souvenir customizadas com o logo do festival

– 60 restaurantes no Rio Rolha Zero

– 33 profissionais inscritos para o concurso de sommelier

– 650 pessoas inscritas para o Seminário Vinho & Mercado

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Tags | rio de janeiro, rio wine and food festival, rwff, tannat tour, uruguai, vinhos uruguaios
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