O bar de vinhos Vico, em Buenos Aires, tem tudo o que a gente busca – e raramente encontra – em lugares onde se bebe vinho no Brasil. É simples, descontraído, sem frescura e divertidíssimo. O local, que fica no bairro de Palermo Soho, tem 140 opções de vinhos em taça que estão disponíveis em máquinas ao longo do salão e são servidos pelo próprio cliente.
O sistema é assim: quando uma pessoa chega, ela recebe uma taça e um cartão que deve ser carregado com o valor desejado. Na hora de carregar, os garçons ajudam dando uma ideia de quanto você precisa, pelo menos, para começar.
Nas máquinas, em cima de cada garrafa, há três opções de tamanho da “dose”, com seus preços. O cliente escolhe a quantidade de vinho, que pode ser degustação (só um golinho), uma quantidade média, e outra maior (que é o equivalente a uma taça “normal” de vinho). Assim, inserimos o cartão, colocamos a taça embaixo da “torneira” da máquina, apertamos o botão do tamanho escolhido e…voilá!…a taça está cheia!
É possível encontrar vinhos de todos os estilos e preços. Nós começamos com um vinho branco, fomos para um rosé, passamos por um tinto feito com a uva pinot noir e terminamos com clássicos malbecs da Argentina.
É interessante termos a oportunidade de provar, mesmo que no tamanho menor, vinhos cujas garrafas são caras e que não teríamos condições de comprar. O vinho mais caro do bar, o Gernot Langes, da vinícola Norton, custava 550 pesos a taça maior, o que equivale a 80 reais. Muito caro para uma taça de vinho, mas “pagável” se esse é um grande desejo da pessoa. Nós, no entanto, ficamos nos vinhos mais em conta, e o máximo que pagamos foi 250 pesos (35 reais) por taça.
O cardápio de comidinhas também é interessante. Há opções para petiscar, burrata, massas, bruschettas, carnes e saladas. Nós escolhemos uma tábua de queijos, já que não estávamos com muita fome e queríamos apenas algo para acompanhar os vinhos.
O Vico fica cheio, principalmente nas noites de sexta e sábado. Não é fácil encontrar mesa imediatamente, mas é possível ficar em pé, andando pelo salão observando o movimento das máquinas de vinho (e já bebendo, é claro!). A música é alta, mas não chega a incomodar, deixando o ambiente bastante animado.
Apesar de ter um clima jovial, o bar recebe pessoas de todas as idades. Há pós-adolescentes, conhecendo e experimentando vinhos, assim como há casais e grupos de senhoras e senhores se divertindo. É um lugar em que podemos viver, de fato, o que pregamos: o vinho como uma bebida simples e para todo mundo.
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