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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

Família Carrau: fazendo vinhos há 10 gerações

Destinos, Montevidéu, Uruguai - 18 de maio de 2016

Bodega foi uma das pioneiras na produção de vinhos finos no Uruguai

Assim que chegamos à bonita sede da Bodega Carrau – uma espécie de chácara em Colón, a poucos minutos de Montevidéu –, fomos recebidos por uma das proprietárias, Margarita Carrau. Ela dirige a vinícola com quatro irmãos e, juntos, formam nada menos do que a décima geração da família no negócio do vinho. Ficou fácil entender e absorver a paixão com que ela conduziu a visita pelas instalações da bodega, explicando cada detalhe e nos recebendo como se estivéssemos em sua casa.

Esse envolvimento familiar é um dos aspectos mais interessantes das vinícolas uruguaias. Independentemente do tamanho, todas têm, de fato, integrantes das famílias proprietárias no comando. Eles põem a mão na massa, administram e vendem os seus produtos e a sua filosofia para fazer vinhos.

Um dos jardins da 'chácara' visto de dentro da linda casa colonial que funciona como sede da Bodega Carrau

Um dos jardins da ‘chácara’ visto de dentro da linda casa colonial que funciona como sede das Bodegas Carrau

A anfitriã Margarita: décima geração da família no comando da vinícola

A anfitriã Margarita: décima geração da família no comando da vinícola

História e visita – A tradição vitivinícola dos Carrau começou na Catalunha, na Espanha, em 1752, com o patriarca, o pescador Don Francisco Carrau. De geração em geração, a família chegou ao Uruguai em 1930 e foi uma das pioneiras na produção de vinhos finos no país.

A primeira vinha foi comprada por Juan Carrau Sust em Las Violetas, 39 km ao norte de Montevidéu, onde são plantadas cepas como merlot, cabernet franc e chardonnay. As vinhas mais antigas ultrapassam os 90 anos de idade e continuam ativas nesse local.

Durante a visita às instalações da vinícola, pudemos ver as antigas piletas de concreto, que ainda são usadas na fermentação. É nessas “piscinas fechadas”, como também nos modernos tanques de aço inox, que, sob efeito das leveduras e a temperaturas entre 25ºC e 30ºC, o açúcar das uvas vai se transformar em álcool.

Grandes tanques de aço inox e barricas de carvalho em um dos pátios cobertos da sede da bodega em Colón, perto de Montevidéu

Grandes tanques de aço inox e barricas de carvalho em um dos pátios cobertos da sede da bodega em Colón

Fila de garrafas indo ao encontro dos rótulos

Fila de garrafas indo ao encontro dos rótulos

Passamos também pelo local em que as garrafas recebem os rótulos e vimos exposta toda a linha de vinhos da bodega. A nossa anfitriã explicou que a Carrau é formada, na verdade, por três vinícolas. Estávamos em uma delas, em Colón, onde são produzidos vinhos com as uvas vindas do vinhedo Las Violetas, na região de Canelones.

As outras duas ficam na parte norte do país. Uma delas é em Cerro Chapeu, onde a pouco mais de 300 metros de altitude estão vinhedos com mais de 30 anos de idade. A outra fica quase ao lado, em Cerro Trindade, em Santana do Livramento, na fronteira com o Brasil. Nessas regiões são plantadas variedades como sauvignon blanc, tannat, cabernet sauvignon e pinot noir.

A sala onde são realizadas as degustações na bodega

A linda sala onde são realizadas as degustações na bodega

Degustação – Depois da verdadeira aula que tivemos, chegou a hora de experimentar alguns vinhos. A degustação foi realizada sobre uma mesa rústica de madeira, numa sala muito bonita dentro da casa colonial da vinícola.

Começamos com o Juan Carrau Sauvignon Blanc, safra 2015! Ou seja, como estávamos em novembro, dá para dizer que apenas nove meses antes aquelas uvas ainda estavam sendo colhidas. Era, portanto, um vinho branco leve, fresco, com um aroma incrível de maracujá. E muito barato: custava o equivalente a R$ 10.

A cor intensa do Tannat de Reserva 2005

Tannat de Reserva 2005 na taça

O nosso Tannat de Reserva 2004

O nosso Tannat de Reserva 2004

Depois passamos para o 1752 Gran Tradicion 2009. Um tinto encorpado e muito saboroso, com passagem por madeira durante 18 meses, e fruto da combinação de três variedades de uva: tannat (50%), cabernet franc (30%) e cabernet sauvignon (20%).

Para fechar, acabamos vivendo um momento único. Com a intenção de mostrar que eles produzem também grandes vinhos de guarda, Margarita foi buscar um da linha Reserva, safra de 2005.

Ela trouxe um Juan Carrau Tannat de Reserva. Um vinho de uma cor linda, um vermelho-rubi com reflexos violetas. No aroma e no paladar, frutas vermelhas em compotas e notas de chocolate. Traduzindo: encorpado, equilibrado e…bom demais.

Impressionados com essa experiência – nunca havíamos provado um vinho tão “antigo” – e querendo levá-la conosco, compramos, por cerca de R$ 40, um igual, mas do ano anterior, safra 2004. Por enquanto, ele dorme na adega aguardando um grande momento – ou coragem – para ser bebido.

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Tags | bodegas carrau, bodegas familiares, carrau, colón, degustação, degustación, enoturismo, las violetas, los caminos del vino, tannat, tannat de reserva, uruguai, uruguay, vinhos do uruguai, vinhos uruguaios, vinos de uruguay, wine tasting, wine tours
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