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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

Castillo Viejo: a última parada no Uruguai

Canelones, Destinos, Uruguai - 23 de maio de 2016

Degustação e almoço harmonizado acontecem na bonita cave subterrânea da vinícola

Por puro acaso, a bodega Castillo Viejo acabou ficando para o nosso último dia no Uruguai. Era a sétima que visitaríamos em pouco menos de uma semana. A caminho de lá, chegamos a imaginar que encontraríamos mais do mesmo. Enorme engano. Por trás de uma construção sem grandes encantos e de uma paisagem sem vinhedos, está uma pequena-grande vinícola onde são produzidos alguns dos melhores vinhos que bebemos em toda a viagem.

Panorama de vinhedos da bodega em San José, a 70 km de Montevidéu (foto: reprodução da internet)

Panorama de vinhedos da bodega em San José, a 70 km de Montevidéu (foto: reprodução da internet)

Tampas dos tanques de concreto onde ocorre a fermentação do vinho

Tampas dos tanques de concreto onde ocorre a fermentação do vinho

A sede da Castillo Viejo fica na região de Las Piedras, distante 40 minutos do Centro de Montevidéu. Tínhamos agendado visita seguida de degustação e almoço e chegamos lá no fim da manhã. Durante a visita, ouvimos sobre a história da vinícola e seus processos de produção, passamos por tanques de concreto e de aço e pela etapa onde as garrafas recebem os rótulos.

Nenhuma grande novidade, a não ser por dois “detalhes” que viriam a seguir e fariam toda a diferença para nós. Um deles era a inusitada existência de uma considerável produção de vinhos de mesa, que na verdade estão intimamente ligados à história dessa bodega – durante muitas décadas só produziu esse tipo de vinho. O outro foi o impacto que tivemos ao entrar na cave, onde há vinhos amadurecendo em tanques e barricas, e saber que a degustação e o almoço ocorreriam ali dentro daquele lindo “cenário”.

Durante a visita, uma prova direto do tanque

Durante a visita, uma prova diretamente do tanque

História – A vinícola foi fundada em 1927 por Don Santos Etcheverry. Mas foi só na década de 1990 que passou a produzir vinhos finos. Até então, fazia apenas vinhos de mesa, aqueles de garrafão, feitos com uvas menos nobres em relação às utilizadas para fazer vinhos de qualidade.

A mudança começou na segunda metade dos anos 80, quando a terceira geração da família – no comando até hoje – assumiu a direção da bodega. Naquele momento, iniciou-se uma conversão dos vinhedos próprios, localizados no departamento de San José (a cerca de 70 km de Montevidéu). Começaram a ser plantadas variedades de uvas próprias para a elaboração de vinhos finos, como sauvignon blanc, chardonnay, viognier, tannat, cabernet franc, merlot, cabernet sauvignon e tempranillo.

Na cave, degustação de vinhos com queijos e frios

Na cave, degustação de vinhos com queijos e frios

Na década seguinte, a bodega foi readaptada para que começasse a produção de vinhos de alta qualidade, com a compra de maquinário moderno e o treinamento de funcionários. E assim foi criada a linha Catamayor, a primeira de vinhos finos da Castillo Viejo e que até hoje identifica essa bodega, inclusive no exterior. Atualmente, vinhos das diversas linhas da vinícola são exportados para 37 países, entre eles Brasil, Estados Unidos, Suécia, Holanda, Alemanha e Reino Unido.

Degustação e almoço – A degustação foi completa e cheia de surpresas. Provamos cinco vinhos. Primeiro, acompanhados de queijos, frios e pastas com torradas. Em seguida, um dos tintos da degustação foi o vinho do almoço.

Os três primeiros foram vinhos da linha Catamayor: Sauvignon Blanc 2015, Cabernet Sauvignon 2014 e Tannat 2014. Todos muito corretos, equilibrados e que combinavam bem com os petiscos pré-almoço. Destaque para o branco, muito leve e frutado.

Almoço acompanhado de um tinto de cabernet franc, safra 2013

Almoço acompanhado de um tinto de cabernet franc, safra 2013

Depois, foi a vez da ótima surpresa chamada Vieja Parcela Cabernet Franc 2013. Um vinho encorpado, equilibrado, e de uma uva, a cabernet franc, que nós não tínhamos provado ainda em vinhos uruguaios. Começamos com ele ainda no fim dos frios e queijos e avançamos pelo almoço – carne vermelha, batata noisette e salada. Combinação perfeita. Para fechar de forma irretocável essa maravilhosa degustação-almoço, a sobremesa foi tão somente um licor de tannat, o Tardío Tannat, inacreditável de bom e que repetimos algumas vezes.

Assim terminava a visita à Castillo Viejo e a nossa aventura por um pedaço do mundo do vinho uruguaio. O nome da vinícola surgiu de uma lenda do século XIX, originada no pequeno povoado de Ville Hasparren, nos Pirineus franceses. Dizia que, desde a torre mais alta do castelo mais velho (el más viejo castillo), era possível avistar o Novo Mundo. E que todo aquele que o visse teria fortuna e paz.

“E grandes vinhos”, ousaríamos acrescentar. Porque, para nós, é como se essa lenda tivesse se tornado uma doce premonição não apenas para a vinícola, mas para o vinho do Uruguai, país que, pouco a pouco, vai ocupando um lugar cada vez mais nobre – e merecido – na vinicultura sulamericana.

Castillo Viejo - barris na cave

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Tags | bodega castillo viejo, cabernet franc, castillo viejo, catamayor, enoturismo, las piedras, licor de tannat, los caminos del vino, san josé, tannat, tardío tannat, uruguai, uruguay, vinhos de mesa, vinhos do uruguai, vinhos finos, vinos de uruguay, wine tasting, wine tours
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2 Comentários

  • Luiza 2 de fevereiro de 2018 at 12:57 pm

    Aonde comprar vinho tannat em Riveira no Uruguai….

    Responder
    • Eduardo Carvalho 2 de fevereiro de 2018 at 4:40 pm

      Em Rivera ainda não fomos… neste caso não podemos ajudar…
      Abs!

      Responder

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