A cidade de Amsterdam, na Holanda, é conhecida pela cerveja. Estão entre os pontos turísticos cervejarias como Amstel, Heinneken e Browerjj’t IJ, que fica dentro de um moinho de vento. Quando estivemos na capital holandesa, estávamos conformados de que, provavelmente, teríamos que dar uma pausa nos vinhos. Por isso, para nós foi uma grata surpresa descobrir a Vyne!
Fazia muito frio e andávamos pelas ruas da cidade em direção à Casa de Anne Frank, um museu que conta a história da família da menina judia perseguida pelos nazistas durante a II Guerra Mundial. À beira de um dos lindos canais, em um prédio tipicamente holandês, estava esse bar de vinhos. Não podíamos entrar naquela hora. Olhamos pelo vidro, o lugar parecia fantástico. Tornou-se obrigatória a parada depois do museu.

Na parede: nessa parte da adega que não é refrigerada, os vinhos são expostos como se estivessem numa biblioteca
Assim fizemos. A entrada no bar é reconfortante não só por esquentar imediatamente do frio do lado de fora, mas pelo ambiente, que passa esse conforto. O chão é de carvalho e o bar é dividido em duas partes. Na primeira, na parede do lado direito, está um comprido sofá de couro com mesinhas redondas e altas. Na parede oposta, no lado esquerdo, os vinhos estão expostos como em uma biblioteca (há ainda, nos fundos do salão, uma enorme adega climatizada). A iluminação faz toda diferença na decoração. No segundo ambiente está o balcão do bar e uma mesa grande de madeira com muitos bancos. O espaço é grande há lugar para cerca de 100 pessoas. O clima é de happy hour.
O bar surgiu a partir da percepção do dono de uma tradicional delicatessen do bairro de que houve um aumento na procura e no entusiasmo dos holandeses com o vinho. Vendo que não havia muitos lugares onde o vinho era servido na temperatura ideal, na taça correta e por profissionais especialistas no assunto, criou o Vyne.
Taças – Para quem deseja beber em taças, são mais de 50 opções, entre brancos, tintos, rosés, espumantes e vinhos do porto. Há dois tamanhos de taças, uma de degustação e outra completa. Os preços das taças cheias variam entre 4 e 16 euros. Entre as opções estão muitos vinhos franceses, espanhóis, italianos, argentinos e chilenos. Há apenas duas opções de vinhos holandeses, um branco, feito de chardonnay, e um tinto, feito de pinot noir.

O bar tem mais 200 rótulos de vinhos, dentre os quais mais de 50 podem ser pedidos em taça: preços de 4 a 20 euros
Já as opções para os vinhos em garrafa são bem maiores, a carta de vinhos é enorme e muito esclarecedora. Os vinhos são organizados por países e por suas regiões. Os rótulos do Novo Mundo marcam boa presença, com produtores de regiões como Mendoza e Cafayate, na Argentina, e os vales de Colchagua e Maipo, no Chile. A supremacia, no entanto, é dos vinhos produzidos na Europa. Para acompanhar, a cozinha prepara petiscos requintados. Alguns exemplos: burratas, torradinhas com presunto de parma, croquete de camarão, tábua de queijos e outras delícias.
Com o corpo e alma aquecidos por esse lugar tão divertido, voltamos às ruas de Amsterdam. E levamos a certeza de que em qualquer lugar do mundo existirá sempre alguém apaixonado pelo vinho disposto a perpetuar essa cultura de alegria e de prazer em compartilhar momentos mágicos.
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