Depois de visitarmos a Veuve Clicquot, os principais pontos turísticos de Reims e degustarmos uma tacinha enquanto admirávamos o vai-e-vem de turistas em pleno verão na cidade, saímos rumo ao caminho que nos levaria a Epernay, a cidade que abriga a maior parte das grandes e famosas maisons produtoras de champanhe, como a Moët Chandon e a Mercier, por exemplo. Sabíamos, porém, que nesse dia o que valia era o percurso e a descoberta de aldeias como Sermiers, Verzenay, Verzy, Trepail, Ambonnay e Ay, que estão no entorno da montanha de Reims e compõem parte da “Route Touristique du Champagne”, estradas que ligam toda a região.
Para sairmos de Reims, pedimos informações em um posto de gasolina pois achamos que, apenas seguindo as placas, cairíamos em alguma autoestrada rápida e não passaríamos pelas pequenas cidades. Porém, já estávamos no caminho certo. Em poucos minutos, chegamos a Rilly-la-Montagne.
Nessa primeira aldeia, paramos para beber água em uma fonte e admirar as lindas casas. No interior da França, há uma antiga tradição de, junto à fachada de cada casa, ter uma placa feita de ferro, madeira ou pedra esculpida, que retrata a profissão desempenhada pelo dono.
Em francês, as placas são chamadas de enseignes. Na região, quase todas elas representam trabalhadores do mundo do vinho, logo, são muitas as placas com uvas, a matéria-prima dessa nossa paixão, e ferramentas ligadas ao cultivo de vinhedos e à fabricação de vinho.
Seguimos a estrada em direção a Ambonnay para a visita que havíamos marcado com um vigneron, um pequeno produtor de champanhe. As rodovias francesas têm uma sinalização interessante para indicar o começo e o fim de cada cidade. Quando inicia, há uma placa branca com o nome escrito em preto. Quando termina, sobre o nome na placa tem um risco vermelho na diagonal.
Seguimos a viagem, passamos por Ludes e Mailly-Champagne. Como estávamos contornando a montanha de Reims, há lugares na estrada que parecem verdadeiros mirantes. A vista é composta de vinhedos a perder de vista e de minúsculas cidades históricas. As paisagens são tão bonitas que não dá vontade de parar de tirar fotos e voltar para o carro.

Vista da estrada: vinhedos a perder de vista e pequenas aldeias que vivem da produção da bebida borbulhante
Com fome e sem avistar restaurantes para almoçar, fomos levados a um dos pontos turísticos do percurso: um farol, chamado de Le Phare, na cidade de Verzenay.
Lá também funciona o Musée de la Vigne (Museu da Videira), além de uma lojinha com souvenirs da região e um espaço de degustação. Degustamos uma tacinha de champanhe, comemos um chocolate para dar energia, e seguimos a viagem rumo à nossa próxima parada: o Champagne Patrick Soutiran.
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