Quando andamos pela Avenue de Champagne a caminho da visita à Mercier, no fim da manhã do nosso último dia em Epernay, percebemos que diversas casas produtoras não estavam abertas. Com exceção da gigante Moët & Chandon, por onde passávamos só o que víamos eram lindas construções com os portões fechados.
Nas fachadas dessas mansões, havia nomes conhecidos ou nem tanto. Alguns deles: Perrier-Jouët, Pol Roger (fotos acima), De Castellane, Michel Gonet. Collard-Picard, Paul-Etienne Saint Germain, Esterlin, A. Bergère (abaixo) e de Venoge, entre outros.
Achamos estranho, mas o que não sabíamos era que, nas primeiras horas da tarde, boa parte deles estariam abertos e recebendo os visitantes para uma coupe. Bem, “uma” é modo de dizer…
Percebemos que essas maisons, principalmente as menos conhecidas, esperam dar o horário em que as grandes “fecham para o almoço”. Então, elas abrem os seus pátios e até parte do interior das mansões onde estão instaladas para que os turistas possam degustar algumas taças.
No sentido de volta da Mercier até a Place de la République, no pequeníssimo centro da cidade, a primeira a nos fisgar foi a Paul-Etienne.
A casa tem um pequeno pátio forrado de pedras onde mesinhas de ferro pintadas de branco bastam para apoiar taças e conversas. Pedimos duas taças do rosé e não nos arrependemos.
Voltamos à calçada da avenida e, alguns passos depois, entramos na linda construção que abriga o Champagne Michel Gonet (nas fotos abaixo, a sala da mansão e um dos champanhes que nos foram servidos). Lá, as opções iam desde uma taça do produto mais simples (10 euros por pessoa) até uma degustação de três champanhes (16 euros) – sendo que, se incluída uma porção de queijos, o preço ia a 25 euros por visitante.
Ficamos “na disciplina” e escolhemos apenas uma taça para cada, que fomos beber numa das mesas do grande pátio. Optamos por dois tipos diferentes do precioso líquido borbulhante (foto que abre este post): ambos eram blanc de blancs (feitos só com a uva branca chardonnay), mas um deles era um grand cru do ano de 1998. Incríveis.
Em diversas casas o esquema era semelhante. Quase paramos ainda numa delas onde uma placa dizia: “L’Été des Vignerons” (O Verão dos Viticultores, nas fotos seguintes), onde havia um trailer que vendia champanhes de dez pequenos produtores na região.
Teria sido muito interessante para conhecer marcas pequenas, diferentes estilos da bebida e para relaxar um pouco mais com a bebida nacional da França. Mas nós já estávamos vindo de uma visita com degustação na Mercier e de outras, com pequenas provas, nas maisons ao longo daquela famosa avenida.
Além do mais, faltava pouco para o sonho acabar. Em pouco tempo, tínhamos que estar na estação para pegar o trem rumo a Paris. Dois dias depois de termos começado a nossa aventura por Champanhe, deixávamos a região com a certeza absoluta de que é preciso voltar muitas e muitas vezes.
2 Comentários
Que tudo esse roteiro! Sonho em beber um champagne na Champagne!
Abraços!
Obrigado pela leitura, Liliane! Com algum planejamento, é um sonho possível, pode acreditar!
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Um abraço!