Chegamos ao imponente Château de Santenay, castelo que é a sede de uma das vinícolas mais emblemáticas da Borgonha, perto das seis da tarde. O château é histórico e deslumbrante. Foi erguido no século IX e, no século XIV, pertenceu ao primeiro duque da Borgonha, Philippe-le-Hardi, filho do então rei da França, Jean le Bom.
Atualmente, o domaine se estende por 98 hectares de vinhedos. Ficamos impressionados com a imponência elegante daquela construção localizada numa das colinas da cidade.
Não haveria mais visitas guiadas naquele dia – elas custam 6,80 euros e acontecem de abril a novembro às 10h30, às 14h e às 16h. Mas entramos a tempo de uma rápida prova gratuita na cave de degustação.
Experimentamos apenas tintos. E foi difícil acreditar quando percebemos que seria possível levar um premier cru (a segunda classificação mais nobre da Borgonha).
Levamos dois tintos iguais: Mercurey 1er Cru, safra 2012, com a inscrição Château de Santenay no rótulo. Incluindo o abridor com a marca do castelo, deixamos 40 euros lá.
Não foi exatamente uma pechincha. Mas estávamos levando os primeiros e únicos premiers crus da vida, algo que, até chegarmos ali, era impensável – antes da viagem, imaginávamos que vinhos com essa classificação custariam, necessariamente, uma fortuna.
O dia terminou ali, quando cruzamos de volta o portão do castelo. Depois de horas passeando por lugares incríveis e aprendendo, na prática, um bocado sobre vinhos, começava a escurecer naquele sábado de verão na Côte D’Or.
Voltamos para Beaune não mais pelo meio dos vinhedos e aldeias, mas pela rodovia principal, mais rápida. Afinal, ainda precisávamos descansar um pouco para em seguida curtir um jantar acompanhado, claro, de mais um “vinho qualquer”.
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