Depois do passeio de bicicleta até Pommard, voltamos a Beaune para pegar o carro e seguir até Santenay, última cidade que pretendíamos visitar. Assim, seguimos por uma via paralela à veloroute, por onde muitos turistas fazem o mesmo percurso de bicicleta, e fomos parando no acostamento a cada paisagem bonita.
Passamos por algumas comunas, como Volnay. A aldeia é um pouquinho mais alta que suas vizinhas, o que permite uma visão panorâmica dos vinhedos e de onde podemos ver todo o retalho que eles formam.
Depois, chegamos a Mersault, uma cidade com uma igreja imponente e muitas adegas. Passamos ainda por Saint-Roman com destino a Puligny-Montrachet, de onde saem muitos dos melhores vinhos brancos do mundo.
Nesse trajeto, em uma das nossas paradas, não resistimos à curiosidade de tocar nas uvas verdes que estavam ao nosso lado durante todo o tempo.
Descemos do carro e fomos pegar em um cacho da famosa chardonnay da Borgonha, para tirar uma foto. Com peso na consciência mas com o aval de nós mesmos por sermos turistas deslumbrados com tudo, “furtamos” um pequeno cacho. Já dentro do carro, degustamos as uvas enquanto seguíamos para a cidade onde íamos almoçar.
Tínhamos lido que Puligny-Montrachet seria a vila mais charmosa desse percurso. E, realmente, foi essa a nossa impressão. A cidade é linda, com uma arquitetura medieval e delicada ao mesmo tempo.
Nas janelas, muitas flores. Na praça da cidade há restaurantes e naquele sábado de verão acontecia uma feira onde algumas pessoas vendiam objetos usados. Uma espécie de brechó. Os moradores faziam churrasco e bebiam vinho (claro!), confraternizando com a vizinhança.
Lá, como em toda a Borgonha, vive-se do vinho. Entre as casas, e também dentro delas, estão os domaines, as vinícolas onde a bebida é produzida.
Há também os bares, os chamados bars à vins, onde se pode degustar em taças, o que é uma boa forma de conseguir provar diferentes vinhos de toda a região.
Enquanto caminhávamos para escolher o restaurante onde íamos almoçar, demos de cara com uma cena inusitada: para guardar vagas para carros na rua, nada de cones, os moradores usam garrafas de vinho!
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