Era hora de ir embora e de se despedir dessa região que sempre será cheia de novidades para conhecer e de sonhos para viver. De carro, voltamos pela mesma Route des Grands Crus do começo da viagem, pelo meio das aldeias medievais.

Prédios antigos em rua de Dijon, cidade considerada a ‘capital informal da região da Borgonha’

A coruja que indica o circuito histórico a ser percorrido

Fizemos esse percurso devagar, parando nos lugares que mais iriam deixar saudade, com destino à estação de trem de Dijon. A cidade é considerada uma espécie de capital da região da Borgonha. Lá, deixamos o carro e fomos dar uma volta a pé pela cidade, antes de pegar o trem rumo a Paris.

Dijon é muito bonita. Para percorrer todo o seu centro histórico, basta seguir o parcour de la chouette, o circuito da coruja. Passando pelo grande arco de pedra que marca o começo da cidade, é só acompanhar as centenas de flechas que ficam no chão com o desenho da coruja.

Mostarderia em Dijon

A brincadeira é ótima! Dessa forma simples, barata e divertida, dá para conhecer a cidade quase toda em cerca de duas horas, parando para fotos nos pontos mais importantes.

Passamos pelas mansões que, no século XV, eram as casas de burgueses e duques da França. Andamos pelas calçadas, passeamos por uma feira de rua e chegamos à Notre Dame de Dijon. A igreja é considerada uma obra de arte da arquitetura gótica do século XIII.

Demos uma parada em uma loja de mostardas – moutarderie –, iguaria pela qual Dijon também é conhecida no mundo, e lá compramos por seis euros um pequeno vidro de mostarda com trufas. Até hoje usamos “só em ocasiões especiais” para que o potinho não acabe rapidamente.

Casario típico de Dijon, cidade histórica da Borgonha que conserva arquitetura da Idade Média

Vinhos e queijos na despedida

Depois, para esperar o horário de partida do trem, fizemos uma pausa em um bar, de frente para o Grand Théâtre, o principal teatro da cidade, que é bem bonito. Escolhemos uma mesa na calçada e pedimos duas taças do vinho da casa – bourgognes, claro! – e um prato de queijos.

Ali, já relembrando com muita saudade cada momento dessa viagem inesquecível, fizemos a nossa despedida da Borgonha e de suas cores, sua paisagem, sua comida e, principalmente, dos seus vinhos. A partida só não foi mais triste porque estávamos a caminho de Paris, a cidade do nosso coração.