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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

Enólogos por um dia no Chile

Chile, Destinos, Vale do Aconcagua - 19 de maio de 2017

Na vinícola San Esteban, nós pudemos elaborar os nossos próprios vinhos!

Depois da visita à San Esteban – In Situ Wines, onde conhecemos os vinhedos e toda a área de produção, era hora de fazer vinhos. Isso mesmo: havíamos agendado o “Tour Enólogo” e chegava a hora de, pela primeira vez, elaborarmos os nossos próprios tintos.

A “aula” foi dada por um enólogo e ocorreu dentro da bela sala de barricas da vinícola. Primeiro, provamos cada um dos três vinhos varietais (feitos de uma só uva) da safra 2015 que estavam amadurecendo em barris de carvalho (foto acima): carmenere, cabernet sauvignon e syrah. E aprendemos um pouco mais sobre as características de aromas e sabores de cada variedade.

A partir daí, a brincadeira era decidir que combinação, que mistura (ou blend ou assemblage) iríamos escolher de acordo com as características do vinho que cada um de nós desejava ter ao fim do processo. Decidi que o meu teria mais corpo e a predominância de cabernet, utilizando as outras cepas para equilibrá-lo. Já Letícia optou por fazer um vinho majoritariamente de carmenere, mais “leve”, para o dia a dia.

Retiramos nós mesmos, com uma espécie de “seringa” de vidro (foto anterior), os vinhos dos barris – primeiro para as taças de degustação, depois para os cilindros com as medidas. Para fazer a composição de cada vinho, fomos orientados pelo enólogo nos cálculos, começando por fazer uma “mistura” em menor escala (na foto abaixo).

A ideia era experimentar para ver se era aquilo mesmo que queríamos, antes de engarrafar. Uma vez “aprovado” o vinho, passamos para as proporções que enfim fossem encher uma garrafa padrão (de 750 ml).

‘Vinhos de autor’ – Letícia elaborou o seu “vinho de autor” com 60% carmenere, 20% cabernet e 20% syrah. Adorou o resultado. Logo na prova, feita com pouca quantidade dentro dessa proporção, ficou satisfeita em termos de corpo, aromas, sabor e consistência do tinto que queria. Passou então para o tubo de ensaio maior (foto abaixo), onde faria a mistura para depois engarrafar.

Comigo, foi um pouco diferente. Na experiência inicial (aquela com pouca quantidade), combinei 50% de cabernet sauvignon com a outra metade dividida entre 25% de carmenere e 25% de syrah. Não gostei do resultado. O vinho não estava ruim, mas parecia “sobrar” álcool nele. Faltava o tal do equilíbrio, do qual tanto se fala na teoria e que é mesmo muito importante para que um vinho seja gostoso e facilmente bebível.

O enólogo, então, sem desfazer as características que eu buscava (vinho encorpado com predominância de cabernet), sugeriu-me uma pequena alteração: que eu colocasse um pouco mais de carmenere e um pouco menos de syrah. Mantive então os 50% de cabernet e desta vez, a minha “mistura” tinha nova proporção: 35% de carmenere e 15% de syrah. Mudou incrivelmente. Era agora um vinho potente, mas “redondo”, equilibrado e gostoso de beber. Passamos à alquimia de verdade e, em seguida, ao enchimento da garrafa.

Depois que cada garrafa estava cheia, a gente aprendeu a colocar a rolha, com a ajuda de uma máquina própria para isso (foto acima). A seguir, foi a vez daquela “capinha” preta que cobre a tampa, fixada com a utilização de uma geringonça da qual emana calor para que ela seja presa à garrafa (abaixo).

Toque final – Por fim, chegou a hora do rótulo. Tínhamos etiquetas da vinícola à disposição (foto abaixo) para preenchê-las com os dados do vinho, como nome do produto, percentuais das variedades utilizadas, safra (que é o ano de colheita daquelas uvas – e que o nosso tutor nos informou ser 2015) e graduação alcoólica (13,5%, também de acordo com ele). Além disso, dois itens que nos emocionaram: a assinatura do autor do vinho; e o número de garrafas – apenas uma de cada.

Pronto, tínhamos feito os nossos vinhos únicos. Como na hora não nos ocorreu nomeá-los de “Botequim do Vinho”, tendo cada um deles alguma especificação que os diferenciasse, os nossos filhotes ficaram com os nomes que vocês podem ler na foto que abre este post: “Carvalho Wine” e “Vinho Sicsú”.

A missão estava cumprida. Só faltava bebê-los, o que não poderia demorar porque, como nos disse o enólogo, eles foram feitos de forma artesanal e não continham conservantes. Por isso, o ideal era tomá-los em até três meses.

Dito e feito: o “Sicsú” foi experimentado menos de três semanas depois da nossa volta do Chile, acompanhando uma pizza em casa mesmo; e o “Carvalho” está sendo provado enquanto escrevo este texto, em 19 de maio – mais ou menos um mês e meio depois de elaborado –, tendo como companhia apenas um pouco de queijo gouda. E sabem que eles ficaram até bastante razoáveis?

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Tags | chile, enoturismo, in situ wines, san esteban, vale do aconcagua, viña san esteban, vinos de chile
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2 Comentários

  • Samuel 26 de outubro de 2017 at 11:10 pm

    Olá, achei muito interessante a ideia de fazer o próprio vinho. Quanto custou este tour?

    Responder
    • Eduardo Carvalho 2 de novembro de 2017 at 11:25 am

      Oi, Samuel.
      Esse tour saiu, em abril passado, por 30 mil pesos chilenos por pessoa, o que dá aproximadamente 150 reais (por pessoa). Achamos que valeu super a pena: começamos a visita pelos vinhedos, depois fomos conhecer toda a produção da vinícola, aí fizemos os vinhos (que é uma “brincadeira” muito divertida), e no fim ainda tivemos direito a uma taça pra cada um de nós de um dos vinhos top da vinícola!
      Grande abraço!

      Responder

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