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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

Lidio Carraro: uma pequena-grande vinícola na Estrada do Vinho

Brasil, Destinos, Serra Gaúcha, Vale dos Vinhedos - 26 de abril de 2016

Lidio Carraro: produtora dos vinhos oficiais das Olimpíadas e da Copa do Mundo do Brasil

Conhecemos a Lidio Carraro há dois anos, numa degustação realizada para os hóspedes do hotel Spa do Vinho, no Vale dos Vinhedos. Bastou essa prova de quatro ou cinco vinhos, conduzida por uma das donas, Isabel Carraro, para querermos conhecer melhor aquela vinícola pequena e com ótimos vinhos a serem descobertos por nós, um casal então iniciando a sua paixão por essa bebida.

No dia seguinte, saindo do hotel, bastou cruzarmos a Estrada do Vinho (RS 444) para chegarmos à sede da vinícola. A pequena casa branca contrastava na paisagem com a enorme área da gigante Miolo, que fica no terreno bem ao lado. Já na recepção, Isabel nos atendeu, junto com alguns outros turistas, com um cuidado e uma atenção de quem gosta do que faz.

Essa é a antiga casa da família e é lá que os visitantes são recebidos e conhecem a história da vinícola, além de fazer a degustação, inclusive de vinhos da linha premium. No início da visita, o que mais nos impressionou foi o fato de podermos tocar nos diferentes tipos de solo dos vinhedos da Lidio Carraro, algo novo para nós na época.

Vinhedos da Lidio Carraro na Serra Gaúcha, onde a empresa começou há 15 anos com apenas 7 hectares (foto: divulgação)

Vinhedos da Lidio Carraro na Serra Gaúcha, onde a empresa começou há 15 anos com apenas 7 hectares (foto: divulgação)

Com a explicação que nos foi sendo dada e com aquelas “caixinhas com terra” na mão, ficamos sabendo um pouco mais sobre como o tipo de solo e as condições geológicas e climáticas influem decisivamente na qualidade de um vinho. Essas informações foram decisivas inclusive para entendermos, na degustação, as especificidades de vinhos feitos de diversos tipos de uvas que, ainda por cima, eram cultivadas em regiões distintas: a vinícola tem plantações tanto no Vale dos Vinhedos como em Encruzilhada do Sul, na Serra do Sudeste do Rio Grande do Sul.

O solo do Vale tem como rocha-mãe o basalto argilo-arenoso. A implantação dos vinhedos lá ocorreu a partir de estudos geoclimáticos e mapeamento das diferentes partes do terreno para a escolha das variedades de uvas cultivadas: Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat.

A vinícola tem 200 hectares de terra em Encruzilhada do Sul, de onde sai boa parte de sua produção (foto: divulgação)

A vinícola tem 200 hectares de terra em Encruzilhada do Sul, de onde sai boa parte de sua produção (foto: divulgação)

Já a região de Encruzilhada, onde há plantações de outras cepas – como Malbec e Tempranillo, por exemplo –, tem relevo formado principalmente por colinas suaves, com solo de origem granítica, com baixos teores de matéria orgânica. O clima ali se caracteriza por dias ensolarados e noites frias, principalmente no período de maturação das uvas, o que contribui decisivamente na coloração, na estrutura e no potencial de envelhecimento dos vinhos.

Foto: divulgação

Foto: divulgação

Foto: divulgação

Foto: divulgação

Degustamos vários vinhos quando estivemos lá. Entre os que mais nos chamaram a atenção estão o espumante Dádivas Brut, os tintos da linha Dádivas (à direita), dos quais provamos o que era resultado de uma boa mistura das uvas merlot e cabernet sauvignon, e os vinhos da linha Faces. Foi naquele dia que soubemos que esse seria o “vinho da Copa” (leia abaixo). Trata-se de um vinho frutado e fresco, para ser consumido logo.

Também gostamos das linhas Agnus e Elos, de vinhos mais encorpados e com misturas de uvas muito interessantes. Foi o caso de um Elos (acima, à esquerda) cujo corte era touriga nacional, cepa de origem portuguesa, com tannat – esta de origem francesa, mas que é a variedade-ícone do Uruguai.

Vinhedos da Lidio Carraro sob a luz dourada do outono (foto: divulgação)

Vinhedos da Lidio Carraro sob a luz dourada do outono (foto: divulgação)

História – Tudo começou na década de 70, quando o patriarca da família, Lidio Carraro, foi um dos primeiros a cultivar a variedade Merlot na Serra Gaúcha. A uva se tornou e é até hoje um ícone da região e é dela que são feitos alguns dos grandes vinhos tintos brasileiros, premiados até no exterior. No fim dos anos 90, Lidio começa a criar a sua adega a partir da plantação em sete hectares no Vale dos Vinhedos.

Em 2001, ele funda a vinícola Lidio Carraro e compra 200 hectares em Encruzilhada do Sul. Os vinhedos no Vale iniciam a produção em maior escala em 2002 e a safra dá origem aos primeiros vinhos com a marca Lidio Carraro, que chegam ao mercado em 2004.

Algum tempo depois, a vinícola vence uma seleção para colocar o vinho que iria representar o Brasil nas prateleiras do DutyFree em aeroportos internacionais. Era a primeira vez que isso ocorria com um vinho nacional, e assim a empresa começou a receber pedidos de fora, dando início às exportações em 2005.

A linha 'Rio 2016'

A linha ‘Rio 2016’ (foto: divulgação)

Fazendo a festa do esporte – Seguindo essa linha de vinícola-boutique e de exclusividade, a Lidio Carraro acabou sendo mais conhecida, nos últimos anos, por ter fechado parcerias para ser a fornecedora oficial das linhas de vinhos e espumantes de grandes eventos esportivos. Neste ano, chega ao ápice dessa vocação, com o vinho oficial das Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Os primeiros rótulos a chegar ao mercado foram os vinhos branco (chardonnay), rosé (pinot noir) e tinto (Merlot), da linha “Faces Rio 2016” (à direita). Em seguida, serão lançados os espumantes Brut, Moscatel e Rosé.

O Faces da Copa de 2014 (foto: divulgação)

O ‘Faces’ criado para a Copa de 2014 (foto: divulgação)

Essa história com o esporte começou quando o Lidio Carraro Dádivas Brut foi o espumante oficial dos Jogos Pan-Americanos de 2007, repetindo a dose nos 30 anos da Stock Car, em 2010. Com esse currículo, em 2014 a Fifa escolheu a vinícola para representar o vinho brasileiro na Copa do Mundo, justamente quando a Lidio Carraro comemorava seus dez anos de mercado.

Na ocasião, em homenagem ao número de jogares de um time de futebol, o vinho da linha Faces foi produzido a partir de 11 variedades de uvas. Depois do Mundial, o corte desse tinto passou a ter apenas as uvas Merlot, Cabernet Sauvignon e Malbec.

No pódio no 'Rio Open' (foto: divulgação)

Espumante no pódio no ‘Rio Open’ (foto: divulgação)

No ano seguinte, a vinícola foi escolhida para ser a marca do Rio Open, maior torneio de tênis da América do Sul. Repetindo o feito agora em 2016, o Dádivas Brut foi o espumante escolhido para o brinde dos campeões, assim como o sempre pé-quente (para a Lidio Carraro) vinho Faces, nas versões branco, rosé e tinto.

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Tags | dádivas brut, enoturismo, espumante, faces rio 2016, lídio carraro, serra gaúcha, spa do vinho, vale dos vinhedos, vinho das Olimpíadas 2016, vinhos da Copa do Mundo, vinhos do brasil, vinícola-boutique
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