Conhecemos a vinícola Valmarino por causa de um dos seus vinhos que até hoje está entre os nossos preferidos feitos no Brasil: o Cabernet Franc. Há dois anos, no Vale dos Vinhedos, na ótima Pizza Entre Vinhos – onde você escolhe nas prateleiras o vinho que vai beber à mesa –, o garçom nos aconselhou esse rótulo. Foi uma surpresa maravilhosa e não é exagero dizer que foi a partir dele que passamos a enxergar melhor a qualidade dos vinhos tintos feitos no Brasil.
Algum tempo depois, de volta à Serra Gaúcha, incluímos a vinícola no roteiro. Ela está localizada em Pinto Bandeira, mesmo município que abriga excelentes produtores de espumantes – como a Cave Geisse (que tem alguns espumantes, merecidamente, na lista dos melhores do mundo) e a Don Giovanni.
A Valmarino tem só 20 anos de existência. Com produção pequena, o que mais encanta na visita em si é que ela não tem pompa nem circunstância nem nada. É tudo muito simples, como deve ser. Chega-se, entra-se no varejo (uma pequena loja rústica e muito agradável – fotos acima), obtêm-se explicações sobre os principais rótulos e pronto: é só começar a provar os vinhos.
Além do nosso preferido da vinícola, aquele feito só com a uva cabernet franc (realmente um vinho incrível, macio, gostoso, frutado…), degustamos ainda três outros vinhos, sendo esses “de entrada” (da linha mais simples). Foram eles (todos da safra 2015): um merlot, um cabernet sauvignon e um feito com a variedade sangiovese, uva clássica de origem italiana. Todos bons de beber, simples no bom sentido, descomplicados, ótimos.
Terminada a visita, ficou a sensação de se tratar de uma pequena grande vinícola, a Valmarino – o nome homenageia os antepassados da família proprietária, originários de Cison de Valmarino, em Treviso, na região vêneta da Itália. Mas é ali na Serra Gaúcha, a partir dos seus 16 hectares de vinhedos plantados a 700 metros de altitude, que a Valmarino está produzindo vinhos de alto nível e que merecem ser muito mais conhecidos – e apreciados – pelos brasileiros.
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