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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

Cave Geisse: a casa do espumante brasileiro premiado na terra do champanhe

Brasil, Destinos, Pinto Bandeira, Serra Gaúcha - 20 de abril de 2016

A sede da Cave Geisse, que faz espumantes premiados até na França

Visitar a vinícola Cave Geisse, em Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha, é uma experiência marcante. Primeiro, porque não é preciso “entender de vinhos” para sentir, no primeiro gole, que alguns dos seus espumantes são tão bons quanto legítimos champanhes que a gente bebe na França. Mas o encanto começa antes mesmo de prová-los, com um passeio incrível por boa parte do lindo terreno de 70 hectares da vinícola.

Esse tour, chamado Geisse Experience, custa R$ 70 por pessoa, tem cerca de uma hora e meia de duração e é feito a bordo de um carrinho 4×4. Ele sobe montanhas, passa por entre os vinhedos e arredores e faz uma parada no que eles chamam de Espaço Zen.

Trata-se de um deck de madeira de frente para uma cachoeira, no meio da mata. Ali degustamos um espumante (foto acima) – Cave Amadeu Rosé, da linha mais jovem da casa – antes de seguir caminho e aprender mais sobre a produção (de apenas 250 mil garrafas por ano) e a plantação (que ocupa 25 hectares), na qual não são utilizados agrotóxicos. Inesquecível.

Plantação de uvas vista de dentro do 4x4 em que é feito um tour guiado

Plantação de uvas vista de dentro do 4×4 em que é feito um tour guiado

Qualidade premiada – Ao beber os espumantes da Cave Geisse nós entendemos claramente o motivo pelo qual, para vários especialistas, a verdadeira vocação daquela região é a produção desse tipo de vinho. A mais recente comprovação disso foi a medalha de ouro que a vinícola ganhou com o Cave Geisse Extra Brut (safra 2011), durante o Vinalies 2015, concurso da associação de enólogos da França que é considerado o mais importante do mundo.

Também no ano passado, a revista americana Wine Enthusiast incluiu a Cave Geisse na categoria New World Winery. A “classificação” posicionou o Brasil como referência entre os produtores de espumantes considerados “tops” do novo mundo.

Essa vocação do local para a produção de espumantes foi percebida desde o começo da história da vinícola. Tudo começou em 1979, quando o já renomado enólogo chileno Mario Geisse – no Brasil desde 76 para dirigir a Chandon – identificou todas as características consideradas ideais, como boa altitude (800 metros), solo com excelente drenagem, boa amplitude térmica e posição solar adequada.

Toda a linha de espumantes da Geisse é produzida pelo método champenoise (ou tradicional), desenvolvido na região de Champanhe, na França, onde nasceu esse vinho borbulhante tão especial. O método, pelo qual a segunda fermentação do vinho é feita na garrafa, é para muitos o grande responsável por garantir uma qualidade superior aos espumantes produzidos assim.

Garrafas inclinadas, onde é feita a 'remuage' e o espumante amadurece

Garrafas inclinadas na cave onde é feita a ‘remuage’

Visita e degustação – Depois do passeio, visitamos a área de produção, as caves – muito bonitas –, e também o local onde ficam as garrafas que recebem as “remuages”, que são rotações periódicas, feitas manualmente e que vão também deixando as garrafas com inclinações progressivas (sempre com o gargalo para baixo).

Em seguida, chegamos à sala de degustações. As provas variam de R$ 20 a R$ 60 por pessoa, dependendo da linha de espumantes escolhidos. Nós optamos pela linha média, que inclui três espumantes cujo amadurecimento ocorre durante, no mínimo, dois anos na garrafa.

Começamos pelo Nature, espumante que não tem adição de licor de expedição e no qual o açúcar, portanto, é apenas residual decorrente do próprio processo de produção. Por ser mais seco, esse espumante dá muitas possibilidades de harmonização. É feito com 70% de uvas chardonnay e 30% de pinot noir (as únicas, aliás, que são cultivadas pela vinícola).

Depois passamos ao Brut, que tem a mesma composição no que se refere aos percentuais de mistura das duas uvas, mas que leva 8 gramas de açúcar por litro. É considerado um clássico da vinícola Geisse e também um espumante “gastronômico”, indicado para acompanhar os mais variados tipos de prato.

Cave Geisse Nature

Cave Geisse Nature

O Brut Rosé encerrou a nossa degustação

O Brut Rosé encerrou a nossa degustação

Finalmente, provamos o Brut Rosé, feito 100% com uvas pinot noir. Tem a mesma quantidade de açúcar que o anterior e uma mistura de delicadeza e intensidade própria dos bons espumantes rosés.

Apesar de termos experimentado apenas esses três nessa última visita, nós já conhecíamos os espumantes Cave Geisse. Já havíamos bebido outros da extensa linha da vinícola (só a linha premium, na qual o espumante passa de três a quatro anos na garrafa, conta com cinco espumantes). E podemos dizer, sem nenhum favor, que a Geisse produz espumantes maravilhosos. Só bebendo para entender.

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Tags | cave geisse, champenoise, chardonnay, degustação, enoturismo, espumantes, espumantes do brasil, pinot noir, pinto bandeira, serra gaúcha, vinalies
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1 Comentário

  • Ivan toniazzi 23 de abril de 2016 at 7:35 pm

    A beleza da cantina e seus parrerais são compatíveis com os produtos fabricados. Grande Carlito

    Responder
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