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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

Viña Cobos: um amor de família

Argentina, Destinos, Mendoza - 7 de junho de 2016

Pelo ‘Bramare’, conhecemos a vinícola que se tornou referência para o nosso mundo do vinho

Quando decidimos visitar a região de Mendoza, a nossa maior expectativa era a ida até a Viña Cobos. Para nós, que ainda não conhecíamos detalhes das linhas de produtos da vinícola, o importante era o fato de que lá era fabricado o vinho que, tempos atrás, tornou-se uma referência para todas as nossas degustações: o Bramare Cabernet Sauvignon (safra 2010), na época ainda com o rótulo cinza (que já não existe mais).

Vista de parte dos vinhedos da Cobos, em Luján de Cuyo: produção anual da vinícola é de 1 milhão de litros

Vista de parte dos vinhedos da Cobos, em Luján de Cuyo: a produção anual da vinícola é de 1 milhão de litros

Rótulo cinza: como tudo começou

Bramare ‘rótulo cinza’: o começo de tudo

A minha história e a do Edu com esse vinho começou quando um dia, há pouco menos de três anos, meu pai voltou de um almoço na casa do meu tio e telefonou para contar:

– Bebi o melhor vinho da minha vida na casa do João. É um argentino, Bramare. Não sei nem explicar… É maravilhoso!

A partir desse dia, a insistência por um almoço na casa do meu tio começou, para podermos provar o tal “melhor vinho do mundo”. Eis que um dia veio o tão esperado “convite” para o almoço. Não estávamos nem aí para o que iríamos comer. No caminho, torcíamos para que o João não abrisse outro vinho. Queríamos o Bramare.

Chegando lá, meu tio, já sabendo da nossa aflição, abriu logo uma garrafa. Provamos. Fora gritar um palavrão, não havia como descrever o que era aquilo, ainda mais que éramos ainda iniciantes no assunto “vinho”. Queríamos mais e mais. Nem lembro qual foi o menu do almoço, certamente alguma carne, provavelmente uma costelinha.

Desde esse episódio, o Bramare virou uma referência para a família. Até hoje, quando degustamos um vinho, o que fazemos sem quaisquer frescuras (como manda o nosso lema), fazemos a comparação: “é quase um Bramare” ou “é um Bramare mais ralo” ou ainda “é um Bramare mais forte”, e por aí vai. Ele virou uma espécie de base para os vinhos que bebemos, principalmente os de países do Novo Mundo.

Assim, na primeira das duas vezes em que fomos à Viña Cobos, mal paramos o carro e, suspirando, olhamos para as uvas dizendo: “Olha as uvinhas do Bramare”! Coisa de fã. Estávamos ansiosos para conhecer mais sobre o lugar que fazia um dos nossos vinhos preferidos.

A moderna casa-sede da Viña Cobos na região de Perdriel: imponência em meio à paisagem dos vinhedos

A moderna casa-sede da Viña Cobos na região de Perdriel: imponência em meio à paisagem dos vinhedos

A vinícola fica na região de Perdriel, em Luján de Cuyo. Sua sede é bem moderna e bonita. A sala de degustação, além de vista para parte dos vinhedos, tem uma decoração elegante e um espaço claro e arejado.

Encontro – A bodega nasceu do encontro dos mendocinos Andrea Marchiori e Luis Barraud com o enólogo Paul Hobbs. O americano esteve pela primeira vez em Mendoza em 1989 e reconheceu suas terras como um terroir encantador para a produção de malbec e outras variedades. Os três se conheceram após uma viagem dos argentinos à Califórnia, em 1997, quando foram aperfeiçoar seus conhecimentos em vitivinicultura e enologia.

Um pedaço da elegante sala de degustações é também o local de recepção dos visitantes: vista para os parreirais

Uma parte da elegante sala de degustações é também o local de recepção dos visitantes: vista para os parreirais

Foi aí que, com o objetivo de fazer um tinto à altura dos mais renomados do mundo, eles se uniram para criar a Viña Cobos. O ponto de partida foi o vinhedo Marchiori, um pedaço de terra especial, com vinhas antigas, de até 80 anos. O solo possui camadas profundas e boa drenagem, com texturas que variam desde o argiloso, onde as pedras aparecem na superfície, até o arenoso. Lá são plantadas uvas malbec, merlot, cabernet-sauvignon e chardonnay, cada uma recebendo um tratamento diferente, de acordo com o pedaço de solo onde estão.

O vinhedo é de propriedade de Nico Marchiori, pai de Andrea, um italiano visionário e perseverante com sua plantação. Ele sempre apostou que, um dia, a qualidade seria prioridade na vitivinicultura argentina. Esse dia chegou e as uvas de sua terra são usadas para a produção dos mais importantes vinhos da bodega.

Vinho ícone: apenas 5 mil garrafas por ano

Vinho ícone: apenas 5 mil garrafas por ano

Novo rótulo

Novo rótulo

Produção – A vinícola tem cinco linhas de produtos: Cobos, o mais renomado, Bramare Vineyard Designate, Bramare Appellation, Cocodrilo e Felino, o mais simples e que a partir da safra 2015 vem com novo rótulo, no lugar do marrom que sempre o caracterizou.

Em todas elas, é possível identificar um equilíbrio fantástico, resultado de um cuidado minucioso com as videiras, de um trabalho artesanal e de um respeito pelas características de cada terroir. No total, são 200 hectares de plantações, divididas entre as regiões de Luján de Cuyo e Valle de Uco.

São produzidos por ano 1 milhão de litros de vinhos, o que representa cerca de 1 milhão e 300 mil garrafas. Dessas, apenas 5 mil são de Cobos, o vinho ícone da vinícola. Somente na nossa última visita pudemos degustar uma taça dessa jóia, e por acaso. Uma garrafa havia sido aberta mais cedo para uma degustação de investidores e a guia explicou que, uma vez aberta, eles servem o que sobra, mesmo não fazendo parte da degustação mais simples e mais barata, a qual havíamos escolhido.

Tanques de aço inox e barricas de carvalho na Viña Cobos em Luján de Cuyo, Mendoza

Tanques de aço inox e barricas de carvalho na Viña Cobos em Luján de Cuyo, Mendoza

É óbvio que achamos o vinho mais do que maravilhoso. Na nossa “escala de comparação”, é, digamos, um “Bramare ainda mais especial e indescritível”. Porém, apesar de termos conhecido esse sabor, a nossa história com a vinícola, que nasceu por causa do Bramare, ainda faz com que ele continue sendo o vinho do nosso coração.

No próximo texto, contamos mais sobre as degustações que fizemos na Viña Cobos. E também sobre a história do enólogo-celebridade Paul Hobbs, conhecido pela sua habilidade em lidar com vinhedos de diferentes regiões, de forma tradicional e inovadora ao mesmo tempo.

Cobos 1 - fachada - detalhe

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Tags | argentina, bodega viña cobos, bodegas argentinas, bramare, cabernet sauvignon, caminos del vino, cobos, dicas de vinhos, enoturismo, lujan de cuyo, malbec, marchiori, mendoza, paul hobbs, perdriel, viña cobos, vino de argentina, wines from argentina
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4 Comentários

  • Fernando Gouvea 23 de agosto de 2017 at 8:17 pm

    Na última viagem a Argentina com um amigo fizemos um trato de, cada um, comprar um vinho famoso, caro e tomarmos juntos. Comprei um Cobos que foi muito mas muito caro pros meus padroes mas eu fiquei apaixonado.

    Responder
    • Eduardo Carvalho 25 de agosto de 2017 at 9:57 am

      O Cobos é demais de bom…
      Abs!

      Responder
  • Marcelo 21 de maio de 2018 at 11:13 pm

    Cheguei ontem de BA, claro que trouxe alguns Bramares é um Cobos, ansioso para beber!!!

    Responder
    • Eduardo Carvalho 8 de junho de 2018 at 1:40 pm

      E aí? Maravilhosos como sempre?!
      Um abraço e obrigado pela leitura!

      Responder

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