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Botequim do Vinho – Bebendo e Contando Histórias

Na despedida, um pouco da França em Mendoza

Argentina, Destinos, Mendoza - 12 de julho de 2016

O piquenique da Bodega Alta Vista e os vinhos com charme francês na Argentina

Já estivemos duas vezes na Bodega Alta Vista, localizada em Chacras de Coria, em Mendoza. Na nossa primeira visita, no verão, fomos atendidos por uma guia muito simpática e cuidadosa que orientou a visita exclusiva para nós dois. Por termos sido muito bem recebidos, pela beleza do lugar e pela qualidade dos vinhos resolvemos, em uma segunda vez na região, repetir o passeio. E valeu muito a pena, ainda mais que estávamos nos despedindo da capital do vinho argentino.

Sala de barricas: produção de 2,5 milhões de garrafas por ano, 70% delas para exportação

Sala de barricas de carvalho francês da Alta Vista: produção de 2,5 milhões de garrafas por ano, 70% delas para exportação

A Alta Vista é uma das vinícolas mais antigas de Mendoza e foi criada por um casal de franceses em 1998. Proprietários da famosa casa de champanhe francesa Taittinger, eles também produzem vinhos na Hungria. O objetivo do casal é encontrar lugares especiais, onde há os chamados ótimos terroirs, para a produção de vinhos de alta qualidade, não importa em que lugar do mundo eles estejam.

Alta Vista: construção histórica de 1899 tem aspecto bucólico que lembra uma pequena vila de casas

Alta Vista: construção histórica de 1899 tem aspecto bucólico que lembra uma pequena vila de casas

A bodega argentina funciona em um edifício histórico construído em 1899, onde antigamente era uma vinícola cujos donos eram espanhóis. O prédio é um dos únicos antigos da região de Mendoza que, segundo a guia do nosso passeio, já foi afetada por terremotos e, portanto, tem raras construções antigas. Para começar a produção de vinhos, tudo foi restaurado e modernizado, mas a arquitetura tradicional foi mantida.

A loja e espaço de degustações fica onde antes era um grande tanque de concreto para fermentação de vinhos...

A loja e espaço de degustações fica onde antes era um grande tanque de concreto para fermentação de vinhos

A grossa parede do tanque de 1912 onde hoje funciona a loja

A grossa parede do tanque onde hoje fica a loja

A visita à vinícola começa pela sala onde ficam as piscinas de concreto, local onde a bebida é fermentada. É interessante observar a mistura entre o moderno e o antigo, visto tanto na construção como nas chamadas “piletas”.

Com a modernização, uma das maiores piscinas da antiga bodega, onde ficavam guardados cerca de 300 mil litros, transformou-se na loja. É muito legal ver como as paredes, que antigamente seguravam o vinho, são grossas. Também é incrível a sensação que a gente tem ao se sentir dentro de um espaço enorme que um dia foi um tanque cheio de vinho.

Em seguida, descemos uma escada e chegamos até a sala dos barris de carvalho, onde a bebida fica envelhecendo. A bodega produz cerca de 2,5 milhões de garrafas por ano, sendo que 70% desse total são destinadas à exportação.

Essa sala é linda e também guarda a adega particular da família que comanda a Alta Vista. Lá ficam os vinhos mais renomados da vinícola, fabricados em diferentes anos. As garrafas não são para controle de qualidade, são para beber mesmo. Mas somente eles têm a chave daquela preciosa “jaula” onde estão as maiores riquezas da bodega.

Piquenique – Uma das opções para os visitantes é fazer um piquenique no gramado, entre pés de oliveiras, na frente da casa principal da vinícola. Foi o que fizemos no verão e certamente esse foi um dos programas mais divertidos da viagem.

Quando o tempo está bom, o piquenique no jardim é simplesmente imperdível

Quando o tempo está bom, o piquenique no jardim é simplesmente imperdível

São colocadas toalhas de piquenique e comidinhas chegam dentro de uma cesta. São empanadas, saladas, sanduíches, quiches, queijos, azeitonas e alguns docinhos para a sobremesa. Tudo acompanhado de uma garrafa de vinho. O da nossa refeição foi o Alta Vista Premium Malbec.

O dia lindo de sol, a vista para a Cordilheira dos Andes, a ótima comida e uma garrafa de vinho foram os ingredientes perfeitos para horas de bate-papo e diversão. Para terminar, ainda aceitamos a sugestão da nossa guia e degustamos uma taça do vinho ícone deles, o Alto. Deixamos para o fim e não nos arrependemos. O vinho é maravilhoso.

Detalhe da grande adega subterrânea: vinhos de diferentes anos para consumo apenas da família de proprietários da vinícola

Detalhe da grande adega subterrânea: vinhos de diferentes anos para consumo apenas da família de proprietários da vinícola

Degustação – Quando estivemos por lá no outono, fazia frio e chovia fino. Depois do tour, portanto, fizemos a degustação na loja da bodega (a que fica dentro do antigo tanque).

Os vinhos da degustação

Os vinhos escolhidos para a degustação que finaliza a visita à bodega

Optamos pela degustação standard, de três vinhos, que custou 120 pesos (cerca de 35 reais). O primeiro vinho foi o Premium Estate Torrontés 2015. Os vinhos dessa uva são conhecidos na Argentina como “los mentirosos”, pois têm um aroma bem doce, mas que não se confirma no paladar. No gosto, o vinho é bem fresco, seco, ácido na medida certa e lembra os sabores de abacaxi e banana. Gostamos muito.

Em seguida fomos para o Atemporal Blend 2012. Feito com as uvas malbec, cabernet sauvignon e petit verdot, esse tinto é encorpado e nos fez sentir um gostinho de especiarias. Ele tem um potencial de guarda de cinco a seis anos e fica cerca de um ano em barricas de carvalho francesas.

O premiado 'Alto', ícone da vinícola

O premiado ‘Alto’, ícone da vinícola

Para terminar a degustação, bebemos para o Alta Vista Terroir Selection 2013. Ele é feito só com uvas do tipo malbec, colhidas em cinco terroirs diferentes. Sua cor é bem escura e intensa, o que se reflete no sabor. O vinho é bastante encorpado e equilibrado. Sem dúvida, foi o que mais gostamos na degustação.

Para fechar com chave-de-ouro mais essa jornada por Mendoza, resolvemos novamente pedir uma taça do Alto, vinho ícone da bodega. Dividimos essa taça, economizando cada gole, para durar mais – um reflexo do que queríamos que acontecesse com a nossa aventura pela região, que estava chegando ao fim.

Nós nos despedimos da capital do vinho argentino em grande estilo e com a certeza de que vamos voltar, sempre que possível, a esse lugar mágico e contagiante. Aprendemos muito com a cultura desse mundo fascinante e com as pessoas que fazem, com muito amor, essa bebida que tanto nos dá prazer.

Mendoza - Cordilheira 3

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Tags | alta vista, argentina, bodega alta vista, enoturismo, lujan de cuyo, mendoza
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